A participação no novo Sistema Financeiro Aberto exige diversos requisitos de segurança; tecnologias multi-cloud se mostram cruciais para comunicação segura e interoperabilidade entre as instituições

Prestes a completar dois anos do início da implantação do Open Finance no Brasil, especialistas preveem para 2023 uma adesão maior de instituições e resultados mais concretos dessa mudança, como produtos e serviços financeiros mais baratos e personalizados, devido à maior competitividade estimulada pelo compartilhamento de dados. Para que essa movimentação aconteça, as instituições precisam executar adaptações em seus sistemas, já que o Banco Central estabelece protocolos e requisitos de segurança que devem ser rigorosamente cumpridos para uma comunicação segura e a interoperabilidade entre os sistemas dos diferentes participantes.

Medidas relacionadas à Cloud Computing (computação em nuvem) se mostram essenciais nesse contexto, moldando diversos desafios tecnológicos que as instituições enfrentam ao integrar o Open Finance. Segundo a Association for Computing Machinery (ACM), dois terços dos gastos corporativos com Tecnologia da Informação atualmente já estão relacionados a ambientes de Cloud Computing. Ou seja, cerca de um terço dos investimentos direcionados a manter a infraestrutura tecnológica física de uma empresa ainda vão migrar para a Cloud Computing nos próximos anos.

“Segmentos financeiros têm adotado serviços em nuvem, porque eles são especialmente desenhados para garantir máxima robustez e disponibilidade de dados, com múltiplas camadas de segurança. O Open Finance trouxe uma demanda ainda maior por soluções de governança e segurança de dados e a Cloud Computing terá papel relevante ao acelerar a concretização do novo Sistema Financeiro, já que é um aspecto crucial da infraestrutura digital que bancos e outras instituições precisam nessa adaptação, garantindo o armazenamento e o compartilhamento de dados de forma estável e protetiva”, avalia Orlando Ovigli, VP Digital Solutions da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente.

Flexibilidade e escalabilidade para diferentes volumes de dados

Além da infraestrutura necessária à transmissão e recepção de dados, o executivo lembra que, com o Open Finance, é preciso considerar que o volume de dados processados pode variar com o tempo. “As empresas terão que analisar essas informações em tempo real e precisarão de elasticidade em seus sistemas para lidar com essas possíveis mudanças. Isso também faz com que ambientes de Cloud Computing sejam os principais candidatos a solucionar essa demanda, pela segurança, flexibilidade e escalabilidade que oferecem”, explica.

Segundo Orlando, isso abre novas oportunidades de negócios para provedores multi-cloud, como a FC Nuvem, que podem facilitar essa preparação para as instituições. “Bancos e fintechs que recorrem aos serviços de parceiros especializados têm mais segurança na adaptação de seus sistemas e na preparação da infraestrutura digital que precisam para participar de forma plena do novo ecossistema e usufruir das oportunidades que ele traz. É importante buscar parceiros com a expertise necessária para ajudar com tecnologias completas de segurança multicamadas e Zero Trust (modelo de segurança em rede baseado em uma rigorosa verificação de identidade para acesso a dados), de modo a ter alta disponibilidade e integridade nas operações e transações realizadas no Open Finance”, finaliza.

By Tayliny Battistella

Historiadora e publicitária que esta se descobrindo nerd e gamer. Socio fundadora do Negócios Tech.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *