Uso da nova ferramenta na área do Direito será debatido em evento on-line e gratuito no próximo dia 30
Uma das principais novidades tecnológicas dos últimos tempos, o ChatGPT tem conquistado usuários em todo o mundo e, em apenas dois meses, angariou mais de 100 milhões de participantes. A plataforma de Inteligência Artificial (IA) promete revolucionar o modo como os textos são produzidos e deve impactar todos os setores da economia, inclusive o Jurídico.
A ferramenta utiliza o processamento de linguagem natural (ou seja, entende o significado das frases) e interage com o usuário de forma conversacional. A Inteligência Artificial generativa permite a criação de textos a partir de comandos textuais (prompts/perguntas). Com isso, a ferramenta pode ser ‘treinada’ para que as respostas se tornem mais precisas, de acordo com as demandas do usuário.
Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech especializada em inteligência de dados e gestão preditiva, explica que o serviço disponível gratuitamente, possui funções como responder perguntas, resolver equações matemáticas, escrever textos, depurar e corrigir códigos, traduzir entre idiomas, criar resumos de textos, fazer recomendações, classificar coisas e explicar o que algo faz, como um bloco de código. Seu raciocínio é feito a partir das informações de texto que foram inseridas nele, ou seja, é possível interpretar e esclarecer o que já possui treinamento. Para tanto, ela elenca cinco aplicações que o ChatGPT traz à prática jurídica:
– Área Acadêmica
Facilitação na elaboração de matérias, artigos e outros tipos de conteúdo.
– Criação e revisão de documentos (incluindo peças processuais e contratos)
Criação e revisão documentos em busca de possibilidades, inconsistências, erros ortográficos e omissões.
– Marketing Jurídico
Ele pode ser uma engrenagem na produção de conteúdo, trazendo novas ideias, sugestões e direcionamentos.
– Previsão de Resultados
Com base em treinamento de precedentes, a ferramenta pode prever resultados em processos jurídicos, auxiliando na tomada de decisões sobre determinado tema.
– Respostas ágeis e descomplicadas
Como o ChatGPT pode ser treinado para responder perguntas frequentes sobre sua área de atuação, ele ajuda a economizar tempo e esforço, com linguagem jurídica descomplicada, liberando os profissionais para se concentrarem em questões mais complexas no dia a dia.
Aplicação no Jurídico requer cautela
Mesmo com todas as vantagens que esse software traz, o uso do ChatGPT deve ser feito com cuidado, pois, embora se tenha notícia de que o ChatGPT foi “aprovado” na 1ª fase da OAB e também possui a capacidade de produzir sentenças, temas mais complexos ainda não treinados pela ferramenta, podem não ser respondidos de forma assertiva. Isso porque os processos jurídicos não estão totalmente organizados e o conteúdo possui muitas variações.
“O ChatGPT não está totalmente treinado para responder perguntas mais complexas considerando múltiplos comandos. Por isso é importante aliar o uso e o treinamento às soluções de tecnologia já disponíveis no mercado como o Legal Analytics, por exemplo, que faz a mineração em todos os bancos públicos da Justiça”, explica Vanessa Louzada.
Para debater as aplicações práticas do ChatGPT no Direito, a Deep Legal realizará no próximo dia 30, um Workshop on-line e gratuito, para a comunidade jurídica. Na ocasião, o engenheiro e CPO da Deep Legal, Raul Figueiredo, vai falar sobre como a solução foi desenvolvida, os algoritmos por trás da plataforma e o seu potencial uso em análises de textos legais.
Serviço:
Workshop “O ChatGPT: o que é, como funciona e como podemos usá-lo no mundo jurídico”
Data: 30 de março
Horário: 19 horas
Local: evento on-line pelo Zoom
Inscrições: Link