Pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) revela que a maioria dos jovens se sente mais produtiva e motivada em ambientes positivos. O estudo perguntou a 26.534 jovens de 15 a 27 anos se conviver com pessoas motivadas influencia na produtividade. 76,42% dos entrevistados afirmaram que sim, e que se sentem mais motivados em ambientes onde as pessoas buscam desafios e novas experiências. Já 12,53% afirmaram que não se deixam influenciar pelas pessoas ao seu redor, enquanto 8,17% disseram que pessoas de baixo astral atrapalham o ambiente. A pesquisa ainda mostrou que 2,88% dos entrevistados se sentem negativamente impactados pela convivência com colegas desanimados.
O analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Gabriel de Godói Siqueira, explicou que a ideia da zona de conforto, ou conjunto de atividades sem riscos ou estresse, pode gerar insatisfação em alguns âmbitos da vida. Conviver com pessoas que buscam novas experiências permite mudanças positivas. Siqueira também destacou que a motivação é reforçada quando encontramos pessoas com o mesmo intuito em nossos contextos, e a disciplina auxilia como uma força conjunta para a busca pelo desenvolvimento. Por outro lado, nutrir relacionamentos com quem está sem ânimo e repleto de perspectivas contrárias às nossas pode ser prejudicial.
A pesquisa reforça a importância do ambiente emocional no cotidiano empresarial, e de como a personalidade pode ser levada em consideração na hora de contratar novos funcionários. Para se manter motivado e produtivo, é importante discernir criteriosamente as prioridades e se manter focado em seus objetivos. O autoconhecimento é fundamental para identificar mudanças na postura e trabalhar ativamente para eliminá-las.
A maioria rende mais com pessoas motivadas
A maior parte dos jovens, 76,42% (20.278), saem da zona de conforto e produzem mais. “Essa ideia pode ser definida como um conjunto de atividades sem riscos ou estresse. É incorreto definirmos negativamente, mas é importante entender como, a longo prazo, pode gerar insatisfação em alguns âmbitos da vida. Conviver com quem tem o hábito do auto desafio e de buscar novas experiências, permite mudanças positivas”, explica Gabriel de Godói Siqueira, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube.
Muitos não se deixam influenciar por quem está ao redor
Outra grande parcela, 12,53% (3.324), não tem essa preocupação e se blinda para não ser afetada de nenhuma maneira. “Isso não é completamente possível, tendo em vista o meio no qual estamos inseridos. Hoje, é fácil se distrair, seja com outros indivíduos, tecnologia ou até mesmo as redes sociais. Contudo, é absolutamente praticável se manter focado quanto às suas metas e objetivos. O resultado dessa renúncia é individual. Como sugestão, tenha o foco na organização e na divisão consciente das suas atividades, discernindo criteriosamente suas prioridades”.
Pessoas de baixo astral atrapalham o ambiente
Essa é a realidade de 8,17% (2.169). “De acordo com o psicólogo Harry C. Tríades, em seu livro ‘Attitude and attitude change’, nosso comportamento é estimulado, não apenas pelas vontades, mas também pelos pensamentos nas consequências de nossas atitudes. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, um indivíduo sofre forte influência da sociedade”, destaca Siqueira.
Ainda, há quem só sinta o impacto negativo
Para 2,88% dos entrevistados (763), quando está mal, a convivência com colegas desanimados piora a situação. “Isso não acontece instantaneamente, mas gradativamente. Um jeito de identificar a mudança em nossa postura, é aprofundando o autoconhecimento e, ao perceber a dissonância entre sua expectativa e suas ações, trabalhar ativamente para eliminá-la”, finaliza o analista do Nube.