O processo do avanço tecnológico teve seu início na década de 30 e nos últimos anos, a transformação digital já pertencia ao nosso cotidiano. Com a chegada da pandemia, os passos desse processo ganharam ainda mais velocidade e se tornaram necessários para que o mundo não parasse de uma vez. Foi graças à Tecnologia que conseguimos manter nossas funções, mesmo com o isolamento social. Mas, sendo essa uma ferramenta essencial no nosso dia a dia, por que o déficit educacional da área é tão grande?
Essa é a grande dúvida que vem sendo levantada em startups e empresas com soluções tecnológicas, que apesar de ganharem um grande espaço para desenvolvimento, estão encontrando dificuldade em buscar profissionais qualificados para as atividades da área. Uma pesquisa feita pela Forrester mostra que até 2024, os EUA terão um déficit de cerca de 500 mil desenvolvedores de software. No Brasil, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), para acompanhar o crescimento do setor de software no país, serão necessários mais 70 mil profissionais ao ano até 2024, o que dá aproximadamente 350 mil profissionais.
No mercado atual, os profissionais seniores estão sendo muito disputados e cada vez mais cobiçados. “Hoje temos empresas que são vistas como celeiros e que acabam treinando esses profissionais mais novos, sejam com cursos ou programas de aprendizagem, investindo nesses profissionais“, analisa Pedro Oliveira, CTO e co-fundador da iDez Digital, fintech fundada para que as empresas tenham autonomia no desenvolvimento do seu próprio ecossistema financeiro.
“Na perspectiva de facilitar e democratizar esse mercado de softwares, e afim ainda de ganhar confiança de aspirantes a desenvolvedores, foram criadas as ferramentas low-code e no-code, para que o profissional possa encontrar flexibilidade e agilidade nessa parte de codificações, além de focar na sua área criativa e desenvolver a solução final para o seu cliente”, explica ele.
Segundo Pedro, para quem já aplica esses sistemas de codificação no dia a dia, o resultado é positivo, garantindo adaptabilidade e eficiência; e ainda podendo suprir uma demanda grande de profissionais de TI que estão cada vez mais se esvaindo do mercado. “A tendência é que, com o tempo, esse tipo de ferramenta se torne cada vez mais presente no universo corporativo, representando um avanço em termos de simplificação de processos“, complementa o executivo.
No Brasil, ainda não é possível prever um futuro, visto que as dificuldades técnicas e de acesso aos recursos tecnológicos são um grande desafio. No entanto, o caminho é aproximar cada vez mais jovens dessa área de atuação. “Ainda caminhamos a passos lentos, mas estamos em processo de evolução, e as empresas estão cada dia mais vendo no low code uma saída para entregar sistemas de forma mais ágil. É uma vertente que deve se consolidar nos próximos anos.“, finaliza Pedro.