Com R$ 10 milhões captados em rodada liderada pela SaaSholic e com investidores anjos como Paulo Veras, Sergio Furio e Marcelo Lombardo, a empresa já alcançou mais de 100 empreendedores do ecossistema brasileiro
Com mais de US$ 850 bilhões no mundo, o mercado de wealth management, ou seja, que gerencia as riquezas de pessoas físicas, cresce e inspira novos negócios. No Brasil, a Beacon Founders foi criada no ano passado por Ricardo Duarte, que atuou na Provence Capital, e por Igor Piquet, que fundou o Endeavor Scale-Up Ventures, onde hoje é conselheiro, e já soma R$ 72 milhões em ativos sob gestão. A wealthtech é sustentada pela oferta dos serviços de planejamento patrimonial, com gerenciamento de ativos e riquezas de empreendedores, com o intuito de resolver a dificuldade desses clientes de liquidez enquanto ainda estão concentrados no crescimento do negócio.
Focada em proteger, alavancar e planejar os ativos financeiros de fundadores de startups ao longo de suas jornadas à frente de negócios fomentados por venture capital, a Beacon reúne atualmente mais de 100 tech founders como clientes. A solução criada pela wealthtech tem como inspiração modelos semelhantes em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa, no entanto, se diferencia de outras operações ao proporcionar liquidez no momento em que isso ainda é um desafio ao empreendedor, criando algo inédito na América Latina.
“Na capitalização do negócio, muitas vezes os empreendedores são compelidos a promover rodadas consecutivas de captação, sem chances de construírem saídas parciais de suas participações (as chamadas secundárias). Quanto mais tempo na jornada, mais expostos aos riscos do negócio, promovendo episódios de estresse, burnout, impactando, inclusive, na convivência com familiares”, destaca Ricardo Duarte, CEO da Beacon.
Para chegar ao estágio atual, a Beacon recebeu em maio do ano passado R$ 10 milhões em investimentos em uma rodada liderada por investidores referências do ecossistema, como Diego Gomes, cofundador da SaaSholic e Rock Content, Paulo Veras, fundador da 99, Ricardo Salomão, sócio da Green Rock, e Tiago Lafer, da AJL Par – todos conselheiros da companhia. Compõem ainda o grupo de investidores nomes como Tiago Dalvi (Olist), Roberto Dagnoni (2TM), Marcelo Lombardo (Omie), Ricardo Salem (Flash), Maria Teresa Fornea (Bcredi) e Sergio Furio (Creditas).
Um banco para fundadores
O ano de 2023 tem sido especial para a consolidação da Beacon na frente de private banking, oferecendo consultorias e assessorias para planejamento jurídico patrimonial e para estruturação, por exemplo, de holdings familiares que possam facilitar a gestão e proteger o patrimônio dos fundadores. A wealthtech avança também na construção de serviços de análise e planejamento financeiro na pessoa física.
Também nesse segundo semestre, está prevista a criação de uma conexão do equity pool, uma espécie de fundo de investimento em que os próprios empreendedores oferecem um pequeno pedaço das ações que detém em suas startups sem precisar se descapitalizar, a um produto que providencie liquidez. “A principal dor e demanda para o empreendedor brasileiro é a ‘grana’, para sustentar as despesas pessoais, investimentos e, principalmente, promover bem estar psicológico. Não adianta ser rico no papel e não poder usufruir minimamente do que construíram. Equity constrói riqueza, mas não paga boleto”, destaca Ricardo. Nesses casos, a saída mais comum tem sido forçar secundárias com a venda de equity parcial e antecipada, com altos descontos, principalmente em eventos como rodadas de captação. O modelo que a Beacon apresentará ainda não é público, mas estará ligado ao valor dos ativos compartilhados no equity pool.
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